26 de nov. de 2012

A minha falência

A ausência me enfurece, ela também me entristece.
Digo que o meu corpo foi a óbito por carência múltipla de todos os órgãos.
Posso ser considerado boêmio, irreverente, mas, sou pobre, não possuo grandes coisas.
O que eu tenho de mais valioso é o meu coração, ele já pensou em se aposentar, estamos em decadência, precisamos de um grande investidor para lhe manter vivo.
Meus recursos financeiros estão escassos, vivo numa dureza, tenho até pensado em barganhar a minha alma.
Eita ausência que me levou a falência, hoje me pego contando moedas para ter uma condução para poder brincar com o meu coração.
A Falência e a decadência me levam a cometer a desobediência de viver largado nesse chão contando moedas.
Talvez, eu esteja condenado a viver nessa condição...
Não tenha um dia que alguma alma caridosa, que passe por mim não me olhe e me sentencie, ou apenas balance a sua cabeça e deposite algumas moedas em meus bolsos.
E assim se faz a minha falência... não preciso da sua compaixão, mas, se você souber como eu faço pra encontrar essa ausência aceitarei a sua ajuda.

Nenhum comentário: