22 de jul. de 2012

Contos Secretos de Verônica parte 10



Domingo!
Ah! Domingo!
Apenas Domingo, não um domingo qualquer, não um domingo igual... “Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva
Quando a chuva vem.”
O azul do céu hoje está mais azul!
Ai! Os pássaros cantando, acordei com uma vontade imensa de querer dançar.
Meus pés voam pela casa, típico dia pra ligar pra meninas...
Pensar em coisas boas me faz sentir coisas boas, chega de tristeza não vale a pena se lamentar e se lembrar do passado afinal de contas, ela já se foi se não permaneceu era porque não era pra permanecer.
O dia pede uma saia leve, uma sandália básica e uma flor no cabelo... Ou um laço?!
Poxa vida! Há quanto tempo que eu não ficava assim hein?!
Deixa-me mandar um sms para as meninas pra ver se elas topam um passeio pra hoje... perae... segura ai já volto!
...
Rolezinho confirmado vai ser algo tipo pic nic...
Câmera na mão alguns lanchinhos na cesta, me deixa pegar o meu óculo escuro não saiu sem ele, não aceito sair sem ele e lógico o meu protetor solar.
Correr pelo parque e sentir o vento no meu rosto, os meus cabelos voam numa dança de paz, a Bruna está com o seu guarda – sol chamativo máster, enquanto isso a Fernanda não larga o livro sobre a História da sociedade, que mania de nem mesmo nas férias dá um descanso pra ela mesma, mas, tudo bem, estou com as pessoas que mais amo numa tarde de domingo de sol.
Um carro de algodão doce passa próximo de nós, então eu grito para o rapaz:
“Ei moço do algodão! Me dá um!”
Acabou que eu e as meninas detonamos o algodão doce, cada uma comprou um.
Poder deitar na grama e não pensar em nada e só admirar o azul do céu era o que estava precisando pra essa semana.
Estou ouvindo agora no meu MP4 Marcelo Jeneci (Felicidade), foi um achado recente não o conhecia e acabei me viciando... mês que vem promete vai ter dois Show incríveis da Céu no SESC Itaquera e dos Móveis Coloniais de Acaju no Clube Tietê, adoro muito tudo isso, estou pensando em convidar a Bernadete pra ir ao show da Céu comigo, acho que vai ser uma ótima ideia, ela vai adorar quando eu for de novo visita-la irei fazer esse convite sem dúvida.
Às vezes reclamamos demais da vida, só que ela é tão bela, apesar das minhas cicatrizes em meus pulsos tenho que aprender a valorizar mais as coisas que eu possuo.
Eu sou um pássaro que não pode ser preso, porque sempre existe o desejo dentro de mim de querer voar.
Eu sou um leão que apesar de ter uma aparência dócil, é uma fera que também não pode ser controlada, não devo olhar apenas para os meus problemas, porque eu sei que existem pessoas em situações mais complicadas e difíceis que a minha.
Mas, tudo bem essa é a Verônica, que algumas vezes é complicada, mas, simples também.
Não perca tempo e não gaste a energia de vocês em coisas bobas okay?!
Fica a Dica
Com carinho
Verônica

20 de jul. de 2012

Contos secretos de Verônica parte 9


“É simples, modesto, mas, essa é a minha casa.”
Essa foi à fala da Bernadete, quando abriu a porta da sua casa.
Ela mora e divide o espaço com a sua mãe e mais dois irmãos.
O seu “quarto” é divido com os seus dois irmãos, o seu espaço no “quarto” é bem organizado é até mais organizado que o meu quarto
(hehhehehehe).
O que são sonhos? Todos têm sonhos não é verdade?
O que seria das nossas vidas sem um sonho?
A Bernadete tem uma fala mansa, porém, você consegue perceber um peso nas coisas que ela diz (tipo uma vivência precoce das coisas).
A nossa conversa passeou por vários assuntos, um dos mais interessantes foi na questão musical, ela me “apresentou” coisas novas uma cantora chamada Flora Matos que até então eu não nunca tinha ouvido falar, posso dizer que curti muito o som dela, é um tipo de som que fica na cabeça, fazendo até um trocadinho maneiro eu gostei de uma música dela chamada: “Esperar o sol”, o engraçado que da janela dela dava pra se ver todo o bairro, de onde você consegue ver alguns bares e crianças correndo pela rua e algumas pipas no céu.
Depois expliquei pra ela o que era Indie Rock, ela não tem uma vivência com o Inglês (como se eu manjasse né?), fiquei de trazer algumas coisas no meu MP4 pra poder compartilhar com ela, o que me surpreendeu é o fato que apesar de ser de uma família simples eles possuem computador e tevê a cabo (como eles dizem por lá Tevê a gato), conversando com ela eu disse que ela pode se aproveitar muito de ter uma tevê “paga” em casa porque a uma porção de informações importantes que ela consegue via TV “paga”.
Fique também de trazer o livro da Clarice Lispector “A hora da estrela”, lógico que assim que eu terminar né, a Bernadete ficou muito curiosa em saber o resto da história.
Sinto que a Bruna e a Fernanda estão começando a ficar com ciúmes dessa minha amizade com a Bernadete, fiquei muito de cara quando perguntei se ela já foi pra Rua Augusta, pude perceber que ela nunca foi até o centro da cidade pra conhecer o resto da cidade, fica muito evidente que o bairro se torna outra cidade dentro da cidade.
Voltei pra casa com a sensação que temos muitas coisas em comum, a mãe dela ficou muito feliz com a minha visita, me fez até um novo convite dizendo que eu posso voltar sempre que quiser e precisar, me senti muito a vontade fazendo essa visita.
Meu espirito saiu muito fortalecido dessa nova experiência de vida.
Att
Verônica

17 de jul. de 2012

Contos secretos de Verônica parte 8



Dor, dor, dor, sangue muito sangue e remédios espalhados pelo banheiro...  a minha cabeça dói muito esse corte no pulso parece ser bem profundo...
A uma centena de mensagens no meu celular... acordei nos braços da Bruna e da Fernanda tentando me reanimar...
Esse silêncio todo me incomoda profundamente, não ter controle sobre os pensamentos mais profundos e escuros nos faz refém de si mesmo.
Essa dor que eu sinto agora não é uma dor só minha, é uma dor “compartilhada” chega a comover, ter ido à periferia de novo pra visitar aquela garota fez com que o meu mundo caísse...
Ter ouvido a Bernadete e a sua história de vida nos fez se aproximar, creio que eu tenha ganhado uma nova amiga.
Nossas realidades são diferentes, mas, se assemelham; ter ido visita-la abalou o meu lado forte, pude perceber que não sou tão forte assim como imaginava.
Voltei pra casa ouvindo Wem (Borboleta e Everest), essas duas música fizeram com que eu refletisse profundamente acerca de muitas coisas, numa delas é a presença e a ausência do amor em nossas vidas, seja amor de pai, mãe, marido, esposa, filho... quando o amor se ausenta ele nos afeta no mais íntimo de nossas almas.
 Chegando em casa, eu não pude conter as lágrimas, eles caíram sem força-las, minhas mãos procuraram por algo que me trouxesse um conforto... tomei todos os meus calmantes possíveis inimagináveis.
Isso trouxe de novo um hábito que eu havia esquecido... só sentir o prazer de cortar os meus pulsos e sentir o sangue escorrer...
Esta chovendo lá fora e esqueço-me das minhas obrigações, dos meus deveres de tudo... o que de fato eu desejo nesse momento é me apagar, ser apenas um borrão ao vento.
 Tentar ser forte o tempo todo tem dessas coisas, ninguém é forte o tempo todo, meu celular não para de tocar deve ser uma das meninas, porém, resolvo não atender...
Horas depois estão as duas aqui na minha frente cuidado de mim, falando aqueles sermões batidos de sempre, a preocupação esta estampada no rosto de ambas.
Eu sou assim, uma Verônica forte mais frágil quando necessário, e que se acaba se envolvendo demais com os problemas dos outros e misturar os seus próprios problemas com as demais pessoas...
Prometi a Bernadete que voltarei para continuarmos a nossa conversa, a Bruna e a Fernanda vão dormi aqui em casa essa noite pra evitar que eu faça alguma bobagem, fico muito feliz por isso.
A Bruna está deitada no sofá da sala e a Fernanda no chão da sala, só que acabou que ficamos conversando até tarde para ver se o sono chegasse, e ele chegou... é hora de ir dormi tenho uma bateria de medicamentos pra tomar, elas estão me forçando a comer, apesar de não sentir fome...
Chegou a hora de ir dormi e a chuva continua a cair lá fora, sendo um convite para uma noite de sono.
 Não se preocupem comigo, está tudo bem, eu garanto e asseguro vocês disso.
Bjs
Verônica

11 de jul. de 2012

Contos secretos de Verônica parte 7



O mês de junho terminando o mês de julho chegando... época de frio está bem próximo.
Os meus desejos mais escondidos começam a vim à tona, pude perceber que posso prossegui a minha vida tentando não olhar para trás, mesmo que às vezes eu dê uma olhada discreta.
É inconfundível as emoções de um coração que há pouco tempo atrás batia loucamente... às minhas férias da facul já começaram, porém o meu trabalho para o estúdio continua de pé, é bom que assim eu ocupo a minha mente e tento pensar menos em coisas que atormentam a minha mente.
Estou preste a terminar de ler “A hora da Estrela” da Clarice...  aquela personagem sofredora não sai da minha mente, as dores e sofrimentos as quais ela passa são de dar dó.
Tenho aprendido com o tempo pensar menos em mim, tenho tentado abri mais a mente para lugares e dimensões maiores, não posso ficar me lamentando das coisas da minha vida, pois, sei que tem pessoas que passam ou estão numa situação mais complicadas que a minha....  isso me leva a seguinte conclusão que a mente do ser humano é que acaba destruindo ou construindo coisas boas em nossas vidas,  ele vem acompanhado de atitudes as quais nós julgamos certas.
Por esses dias eu acabei indo para região da periferia da Capital no extremo Sul, e percebi que existem garotas com mais experiências de vidas e mais sofridas que a minha, eu posso até me julgar uma privilegiada, tenho a minha casa, um emprego a minha faculdade e minhas amigas; e às vezes na periferia a gente acaba notando que a vida não é tão bela assim, o ser humano nesse sentido é muito egoísta.
A criação que os meus pais me deram fez hoje a diferença na minha humilde vida; acabei criando uma certa amizade com essa garota a qual eu não me recordo o nome... vocês devem estarem se perguntando que trabalho foi esse que acabei indo para  periferia.
Eu fui tirar algumas fotos dos barracos e da estrutura social da periferia, fazendo o contraste com o centro da cidade, aonde teoricamente existe uma abundância de coisas, só que quando nos encontramos num universo totalmente diferente do nosso chega ser uma choque, estou digerindo essa situação toda, incrível como esse trabalho me levou para algo mais profundo, eu fiquei de retornar para conversar com mais com a garota.
Eu contei essa ida para as meninas, elas me apoiaram total, dizendo que seria algo maravilhoso para mim.
Essa situação toda me empolgou mais ainda para continuar a leitura da “A hora da Estrela”....
Ainda não sei se nessas férias eu vou viajar, ainda mais que estamos no outono, o bendito do frio atrapalha para que eu faça uma viagem para litoral.
Parece que dessa vez eu entrei em assuntos mais cabeça e esqueci de falar sobre mim né?
Se isso realmente aconteceu eu peço desculpas, não foi a minha intenção... estou vivendo um momento de encontro pessoal comigo mesmo, espero que isso não leve muito tempo.
Preciso me livrar de muitas coisas que prendem para que eu possa voltar a viver mais “livre”, vocês tem sido uma  ótima companhia, só tenho que agradecer a vocês por terem me suportado até agora, mesmo eu não conhecer o rosto de cada um  e nem se quer a voz de vocês, só que mesmo assim vocês já tem feito parte da minha vida, tenho achado isso ótimo, porque é nesse momento que posso falar de mim sem que ninguém me questione, vocês devem até me questionarem, mas, existe uma compreensão muito grande nesse sentido, sei também que vocês gostariam de saber tudo sobre mim, porém, prefiro que vocês conheçam os meus pensamento e as coisas que eu faço.
Logo em breve  terei mais coisas para compartilhar com vocês.
Volto em breve
Verônica