17 de jul. de 2012

Contos secretos de Verônica parte 8



Dor, dor, dor, sangue muito sangue e remédios espalhados pelo banheiro...  a minha cabeça dói muito esse corte no pulso parece ser bem profundo...
A uma centena de mensagens no meu celular... acordei nos braços da Bruna e da Fernanda tentando me reanimar...
Esse silêncio todo me incomoda profundamente, não ter controle sobre os pensamentos mais profundos e escuros nos faz refém de si mesmo.
Essa dor que eu sinto agora não é uma dor só minha, é uma dor “compartilhada” chega a comover, ter ido à periferia de novo pra visitar aquela garota fez com que o meu mundo caísse...
Ter ouvido a Bernadete e a sua história de vida nos fez se aproximar, creio que eu tenha ganhado uma nova amiga.
Nossas realidades são diferentes, mas, se assemelham; ter ido visita-la abalou o meu lado forte, pude perceber que não sou tão forte assim como imaginava.
Voltei pra casa ouvindo Wem (Borboleta e Everest), essas duas música fizeram com que eu refletisse profundamente acerca de muitas coisas, numa delas é a presença e a ausência do amor em nossas vidas, seja amor de pai, mãe, marido, esposa, filho... quando o amor se ausenta ele nos afeta no mais íntimo de nossas almas.
 Chegando em casa, eu não pude conter as lágrimas, eles caíram sem força-las, minhas mãos procuraram por algo que me trouxesse um conforto... tomei todos os meus calmantes possíveis inimagináveis.
Isso trouxe de novo um hábito que eu havia esquecido... só sentir o prazer de cortar os meus pulsos e sentir o sangue escorrer...
Esta chovendo lá fora e esqueço-me das minhas obrigações, dos meus deveres de tudo... o que de fato eu desejo nesse momento é me apagar, ser apenas um borrão ao vento.
 Tentar ser forte o tempo todo tem dessas coisas, ninguém é forte o tempo todo, meu celular não para de tocar deve ser uma das meninas, porém, resolvo não atender...
Horas depois estão as duas aqui na minha frente cuidado de mim, falando aqueles sermões batidos de sempre, a preocupação esta estampada no rosto de ambas.
Eu sou assim, uma Verônica forte mais frágil quando necessário, e que se acaba se envolvendo demais com os problemas dos outros e misturar os seus próprios problemas com as demais pessoas...
Prometi a Bernadete que voltarei para continuarmos a nossa conversa, a Bruna e a Fernanda vão dormi aqui em casa essa noite pra evitar que eu faça alguma bobagem, fico muito feliz por isso.
A Bruna está deitada no sofá da sala e a Fernanda no chão da sala, só que acabou que ficamos conversando até tarde para ver se o sono chegasse, e ele chegou... é hora de ir dormi tenho uma bateria de medicamentos pra tomar, elas estão me forçando a comer, apesar de não sentir fome...
Chegou a hora de ir dormi e a chuva continua a cair lá fora, sendo um convite para uma noite de sono.
 Não se preocupem comigo, está tudo bem, eu garanto e asseguro vocês disso.
Bjs
Verônica

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