20 de jul. de 2012

Contos secretos de Verônica parte 9


“É simples, modesto, mas, essa é a minha casa.”
Essa foi à fala da Bernadete, quando abriu a porta da sua casa.
Ela mora e divide o espaço com a sua mãe e mais dois irmãos.
O seu “quarto” é divido com os seus dois irmãos, o seu espaço no “quarto” é bem organizado é até mais organizado que o meu quarto
(hehhehehehe).
O que são sonhos? Todos têm sonhos não é verdade?
O que seria das nossas vidas sem um sonho?
A Bernadete tem uma fala mansa, porém, você consegue perceber um peso nas coisas que ela diz (tipo uma vivência precoce das coisas).
A nossa conversa passeou por vários assuntos, um dos mais interessantes foi na questão musical, ela me “apresentou” coisas novas uma cantora chamada Flora Matos que até então eu não nunca tinha ouvido falar, posso dizer que curti muito o som dela, é um tipo de som que fica na cabeça, fazendo até um trocadinho maneiro eu gostei de uma música dela chamada: “Esperar o sol”, o engraçado que da janela dela dava pra se ver todo o bairro, de onde você consegue ver alguns bares e crianças correndo pela rua e algumas pipas no céu.
Depois expliquei pra ela o que era Indie Rock, ela não tem uma vivência com o Inglês (como se eu manjasse né?), fiquei de trazer algumas coisas no meu MP4 pra poder compartilhar com ela, o que me surpreendeu é o fato que apesar de ser de uma família simples eles possuem computador e tevê a cabo (como eles dizem por lá Tevê a gato), conversando com ela eu disse que ela pode se aproveitar muito de ter uma tevê “paga” em casa porque a uma porção de informações importantes que ela consegue via TV “paga”.
Fique também de trazer o livro da Clarice Lispector “A hora da estrela”, lógico que assim que eu terminar né, a Bernadete ficou muito curiosa em saber o resto da história.
Sinto que a Bruna e a Fernanda estão começando a ficar com ciúmes dessa minha amizade com a Bernadete, fiquei muito de cara quando perguntei se ela já foi pra Rua Augusta, pude perceber que ela nunca foi até o centro da cidade pra conhecer o resto da cidade, fica muito evidente que o bairro se torna outra cidade dentro da cidade.
Voltei pra casa com a sensação que temos muitas coisas em comum, a mãe dela ficou muito feliz com a minha visita, me fez até um novo convite dizendo que eu posso voltar sempre que quiser e precisar, me senti muito a vontade fazendo essa visita.
Meu espirito saiu muito fortalecido dessa nova experiência de vida.
Att
Verônica

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